Fear
Porque sentimos medo? Aquele ardor que surge do nada e aos poucos devora cada fragmento de sanidade existente em nós.
É o medo de amar, de arriscar, do desconhecido, é o medo do fracasso e do amanhã que não nos pertence. É o medo de sofrer, o medo da dor agonizante que nos visitou outrora. Na maioria das vezes, não há como despistar o medo. Ele estará ali, em prontidão para atacar no primeiro vão aberto em uma porta.
O medo é impiedoso, ele vem como um furacão faminto que varre e devasta, sem poupar, sem hesitar. E deixa pra trás o cartão postal da destruição.
O medo está em cada trecho de nossas vidas, seja na ansia pelo tocar de um telefone ou o temor da morte que há de visitar-lhe um dia.
Há inclusive os medos engraçados, como o do escuro ou de um filme de terror. O pavor do bicho papão, ou até mesmo de uma simples boneca. Eu já atirei uma da Xuxa janela afora por temer as lendas de que essas bonecas eram possuidas por espíritos malignos que comem criancinhas.
O medo nem sempre é ruim, há pessoas que o defendam, afirmando que o medo nos impossibilita de escolher caminhos errados e que ele sempre nos prepara para o pior que pode estar por vir. Mas ao mesmo tempo que o medo previne, ele também nos impede de viver intensamente, de "cair de cabeça" em uma situação, sem alimentar a preocupação de que não é certo. A vida é curta demais para pensarmos duas, dez ou vinte vezes, também é curta demais para temermos cada segundo dela. Do que adianta esquivar-se das dores se ao chegar ao fim da sua jornada vc dará conta que viveu como um vegetal? Como um robô que se limitava a atender a sua rotina diária.
A vida foi feita para errarmos e pra dos erros aprendermos e amadurecermos. Nem sempre tomaremos a decisão correta, nem sempre sorriremos, nem sempre seremos bem sucedidos, mas com o medo, também nunca teremos a sensação do que realmente é viver.
We were born to be wild.
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