November Rain
Essa manhã, enquanto acessava aos Orkuts e facebooks da vida, me vi forçada a relembrar um passado que há um bom tempo fora enterrado. Memórias que já foram doloridas mas que hoje me visitaram trazendo apenas reflexão.
E enquanto eu ouvia ao clássico November Rain de Guns n' Roses, lembrava de tudo bom e ruim que senti por dois anos consecutivos. Até hoje me pergunto como consegui, não sei, talvez o amor nos transforme em tolerantes excessivos. Ou então sempre que nos apaixonamos, deixamos de ser aquela pessoa pé no chão que sempre acreditamos ser.
Lembrei de um episódio específico...já no fim do namoro, ambos resolvemos que seria melhor terminarmos. E eu, embora tenha concordado, sofri horrores, passei dias lutando contra a dor que havia tomado meus sentidos e constantemente me perguntava o porque de tudo aquilo.
Cerca de duas semanas após o ocorrido, estava eu sentada na recepção da antiga escola na qual eu trabalhava, ajeitando a bagunça que as secretárias continuamente faziam. E em um intervalo de cinco minutos, resolvi checar minha conta do Myspace, e então pisco por diversas vezes - ainda incrédula - ao ver um email dele na caixa de entrada. Abro o mais rápido possível, xingando a internet que era movida a manivela. Assim que abri, senti um calor percorrer cada veia do meu corpo, levei as mãos ao rosto e comecei a rir descontroladamente, chamando uma das recepcionistas - que na epoca era minha amiga - para compartilhar a alegria. O email dizia apenas: "Eu não consigo tirar vc da cabeça, eu te amo. Fala comigo, eu preciso de vc". Poucas palavras que valiam mais do que um milhão de dolares para mim.
Essas palavras tinham tanto poder que toda a dor que eu sentia desapareceu como que em um toque de mágica, ela logo fora substituida por esperança, a segunda chance que eu calorosamente desejava estava ali, diante de meus olhos. E sim, eu a abracei...e não, não tivemos um final feliz. Isso só acontece em filmes.
Mas o objetivo do post é falar sobre essa espera que nos assombra e não nos deixa viver em paz. A necessidade - sem fundamento - de saber vc já foi esquecido ou até mesmo substituído por alguém novo.
Há alguns meses, conheci um homem e me deixei levar pela situação, achando que dessa vez tudo seria tranquilo e diferente. Mas para minha surpresa - ou não - as coisas não vingaram e tudo acabou antes mesmo de começar. Mas independente de ter dado certo ou não, eu gostei muito dele, e como todo término, esse também doeu e deixou marcas e saudades. E foi então que lembrei do quanto eu gostaria de ser surpreendida outra vez, de ouvir o telefone tocar ou me deparar com um email e me ver diante de uma segunda chance novamente, mesmo que a parte sã em vc saiba que seja idiota e que não valha a pena.
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