Say no to hospitals
Nessa semana lembrei o quanto eu detesto hospitais. Segunda-feira acordei ainda com febre e doente. Cansada de todo aquele mal estar irritante, resolvi criar coragem e ir ao Pronto-socorro.
Cheguei lá com febre, tossindo e com falta de ar. Pra minha surpresa, o atendimento foi até que relativamente rápido, em poucos minutos eu já estava em uma sala com um homem mais novo do que eu, brincando de ser médico.
Comecei a me irritar ao vê-lo usar a iluminação do celular pra poder olhar minha garganta, que diabo de pronto-socorro não providencia o equipamento adequado para os médicos fazerem o trabalho? Após ter examinado minhas amÃgdalas por longos minutos, ele concluiu com certa incerteza, que minha garganta estava levemente inflamada. Detalhe: a dor que eu sentia no local era igual a zero.
Depois, como alguém que não sabia como proceder, ele me pede exames que tinham absolutamente nenhuma ligação com o que eu sentia. Até eu que estou a mil encarnações de me tornar médica, sei que uma pessoa que está tossindo e sentindo falta de ar deveria tirar um Raio-x do pulmão e não fazer exame de sangue. Mas fiz mesmo assim, afinal, imaginei que houvesse um propósito em tudo aquilo. O exame só ficaria pronto em duas horas. DUAS HORAS. E fiquei ali, ainda com febre - ele não me medicou - e me sentindo mal, enquando esperava o resultado sair.
Duas longas horas depois, o médico me chama novamente. Entro na sala e me sento enquanto ele abre um papel com o resultado dos exames. Esse foi o momento mais patético, ele ficou cerca de 5 minutos olhando para a folha, batendo a caneta em cima da mesa, como se tentasse decodificar um manual escrito em hieroglifos. Minha vontade era de me atirar por cima da mesa e enfiar a caneta pela jugular dele, mas permaneci quietinha na cadeira, desejando ir embora. Então, ele me olha e diz "É, acho que vc está com amigdalite". Silêncio. Porra , como assim "ACHA"? Vc não é um médico, seu filho da puta?
Por fim, ele me receitou dois remédios relativamente fortes e sai de lá batendo os pés e soltando fogo pelas ventas. Acabei não comprando os medicamentos, levando em conta que ele provavelmente inventou o diagnóstico. Eu não queria passar 10 dias tomando antibióticos sem saber se era realmente necessário. Mas mesmo sem drogas, eu estou melhor. Não tive mais febre e o mal estar desapareceu.
Mas é isso, eu realmente odeio pronto-socorros. Eu sempre fui uma frequentadora assÃdua de hospitais, e já passei por médicos que deviam ter comprado todos os professores pra poderem estar ali. Houve uma vez em que fui diagnosticada com pneumonia grave, e na verdade o que eu tinha era apenas bronquite. HorrÃvel, né?
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