Ha pouco tempo atrás, em um dia em que estava sem absolutamente nada pra fazer, resolvi fuçar o Netflix na esperança de encontrar algo que poderia me interessar. Normalmente, sou mega chata pra coisas novas e demoro uma vida até começar um livro novo ou então, pra começar uma nova série quando a minha cabeça ainda está presa no final de temporada aterrorizante de alguma que já assisto (tipo Game of Thrones).



Mas, ai me deparei com "How to get away with murder" e desde então, viciei completamente na série e não contente, viciei todo mundo a minha volta também. Afinal, o mais legal em assistir séries e ler livros é ter alguém com quem possamos comentar aqueles momentos "PUTA QUE PARIU, O QUE FOI ISSO?!". Acho tão chato ver/ler e não poder falar sobre aquilo com ninguém.

Mas o que mais me encantou na série, é aquela podridão deslavada. Não tem filtros, sabe? Não é tipo novela ou aquela comédia romântica cujo final é feliz, porém, totalmente improvável. Na série, mostra que até aquela pessoa mais certinha e menos propícia é capaz de se perder em algum momento e cometer algum tipo de crime. Obvio que a série retrata assuntos que já vão muito além da normalidade, mas, mesmo assim, te faz pensar que ninguém é imune aos acasos da vida e que mesmo existindo o livre arbítrio, muitas vezes ficamos tão cegos que sequer enxergamos as opções a nossa frente, apenas aquilo que desejamos, mesmo que apenas por um momento.

Eu sou suspeita pra falar sobre essas coisas já que adoro tudo relacionado a psicologia. Adoro esses assuntos que envolvam a psique-humana e as suas zilhões de falhas. Então esse tipo de série/livro que retrata tão explicitamente as batalhas internas que as pessoas tem - como a famosa tentativa de superar traumas ou de ser destruído por eles - me fascina.

E caso vc não conheça a série, fica a minha dica. Infelizmente, há apenas 2 temporadas até agora (a segunda ainda está em andamento - FUCK), mas garanto que não se arrependerá.


Esses dias, tenho visto tantas pessoas falando sobre planejamentos de festas casamentos, que me peguei pensando nesse assunto. Eu as vezes tenho a impressão de que não pertenço a esse mundo, porque eu realmente não entendo a conexão entre estar próximo de casar com enlouquecer e/ou parar a vida por conta disso. Eu não entendo como as pessoas tem a necessidade absurda em transformar algo que deveria ser simplesmente o registro de uma união, em algo estressante, de tirar o sono, a ponto de pessoas se tornarem estúpidas, arrogantes, reclamonas e etc, etc, etc.

Já perdi a conta, ao longo desses anos, de quantos alunos(as) optaram por abandonar o curso de inglês por terem uma dívida altíssima referente a festa de casamento. Alô? Gente!!! É UM CASAMENTO, não é um curso de graduação ou doutorado que vai te dar algum tipo de sucesso na vida. Não se para a vida, cursos e tudo o que envolva carreira e futuro só porque vc irá casar.

E eu acho muito engraçado como as pessoas supervalorizam e gastam fortunas em algo que dura míseras 4 ou 5 horas, ao invés de pegar os 40 ou 50 mil reais - ou até mais - dos gastos e usar em uma super viagem ou, investir em decorações para a sua casa ou coisas que terão muito mais utilidade na sua vida. Quantas vezes não vi situações em que as pessoas gastavam todas as suas economias em festas de casamento e moram em lugares horrendos, com quase nenhuma mobília, simplesmente por não terem condições de arcar com mais nada.

Sem contar o fato de que é um absurdo uma pessoa cogitar gastar 10 mil reais em um fotógrafo, SÓ PORQUE ELE PASSA O DIA INTEIRO COM A NOIVA. GENTE!!!!!!!!!!! As pessoas reclamam quando eu (professora particular) cobro 400 reais em uma mensalidade, o que daria um total de 4,800 em UM ANO. Mas, claro que não, como assim vou gastar quase 5 mil reais em algo que vai me abrir portas e me ajudar a ganhar um salário melhor, ou algo que vai me colocar a frente de muitos outros candidatos na hora de uma entrevista? Vou é gastar 10 mil reais em um fotógrafo que vai passar o dia da noiva comigo, isso vai me agregar muito mais. Vai tomar no cu!

E as vezes que escutei mulheres dizendo "Ah vou escolher o caro mesmo, meu noivo que vai pagar, tô nem aí". E o pior, a mesma INTELIGENTE, depois vai lá querer expor sua opinião sobre o feminismo. Desde quando ser encostada é agir contra o machismo? IMBECIS!

Só pra esclarecer, não sou contra casamentos, não sou "mal amada", pelo contrário. Sou casada e feliz. Só sei o que é prioridade pra mim. Sei que jamais jogaria no lixo 40 mil reais, sendo que uma viagem ou outros investimentos com essa mesma quantia, iam ser muito mais inesquecíveis e benéficos do que 5 horas de "comemoração". Acho que o mundo está precisando mais de bom senso, de saber o que é realmente importante. A culpa da crise não é apenas dos governantes corruptos, mas também das pessoas burras, que sempre valorizam o que não importa, que preferem abandonar o estudo e conhecimento por futilidades. A grande tristeza é que muitas pessoas fazem festas desse tipo e depois de 1 ano, ou até menos, se divorciam. Como pode, Arnaldo?


Eu acho super legal as pessoas lutarem por seus direitos, por um país melhor, por menores preços e o fim da corrupção. Sou a favor até porque eu também sofro por conta disso tudo, eu também pago impostos caríssimos e também me sinto roubada mensalmente. Esses dias, inclusive, fiquei indignada ao pagar o IPVA do meu carro e, ao sair na rua, quase estourei o pneu em um dos buracos gigantescos do meu bairro (há milhares deles), por isso, sou totalmente a favor de protestos, porém, sou totalmente contra a hipocrisia. E sinceramente, na minha opinião totalmente insignificante, acho o brasileiro um tanto quanto hipócrita. E antes que alguém diga, não, não estou generalizando.

Só acho muito engraçado ouvir tantas pessoas xingando o governo, a presidente, o prefeito e o raio que o parta por não terem feito o X, Y, Z que eles queriam, sendo que metade dos brasileiros sequer mantém as ruas limpas. Ao menos 1 vez por dia, vejo alguém abrir a janela do carro e jogar um papel de bala (no mínimo) pela janela, e aí, essa mesma pessoa, vai aos protestos com um cartaz dizendo "PERDI MEU CARRO NA ENCHENTE POR CULPA DOS GOVERNANTES", ok, mas e o seu papel de bala que ajudou a entupir os bueiros da cidade, não conta? Outros exemplos estão em pessoas que sempre tentam tirar proveito de alguma situação pra ganhar algo, mesmo que isso signifique prejudicar alguém, as mentirosas que enganam as esposas/maridos, as desprovidas de massa encefálica que sabem da situação da água atualmente e mesmo assim, ficam meia hora lavando o quintal com a mangueira (pra depois dizer que o governo não soube criar um plano preventivo pra essa crise) ou, simplesmente o cara que não respeita a fila de carros e tenta cortar por fora enquanto vc ficou lá, meia hora esperando pra fazer aquele retorno

Sem contar as pessoas que encaram tudo isso como um momento pra ser popstar do que realmente como algo sério. Vc está lá pra reivindicar algo ou pra tirar selfie querendo posar de "aquele que acha que sabe o que é o militarismo"? A maioria sequer sabe o que está fazendo nos protestos, são todos hipócritas que só querem fazer barulho. Acho que antes de qualquer pessoa exigir algum tipo de melhoria, cada um deveria ir pra sua casa, se olhar no espelho e fazer a sua lição de casa. Então antes de sair por aí xingando tudo o que vê, pergunte a si mesmo "Eu estou fazendo a minha parte pra estar no direito de falar tudo isso"? Acho que se todos fizessem um pouco mais, tudo com certeza seria ao menos um pouco melhor.


Esses dias me peguei pensando no quanto as pessoas e suas energias, sejam elas positivas ou negativas, me afetam de diversas maneiras possíveis.

Trabalho com o público diariamente e só quem vive esse tipo de experiência direta sabe o quanto é difícil. Há momentos em que o universo conspira a seu favor e no final de um dia, vc vai pra casa sorridente, e mesmo cansado, planeja o jantar, arruma a casa e ainda arrisca caminhar pelo bairro pra queimar algumas calorias. Mas, infelizmente, há dias mais tenebrosos, em que saio do trabalho com uma vontade absurda de virar eremita (no mínimo) e nunca mais ter que olhar pra cara de ninguém.

Eu amo o que faço, não há nada mais gratificante do que ver um aluno sorrir ao entender uma gramática difícil ou, por simplesmente receber um elogio meu. Mas muitas pessoas passam por dias tensos também e, ao chegarem a aula, relaxam e acabam liberando tudo aquilo que seguraram no decorrer do dia, naquela 1 hora de aula. Então há dias em que saio de um lugar quase que arrastada, tamanho o peso despejado em mim, que nem sempre é através de palavras, mas também por um simples olhar ou, por um suspiro de reclamação.

Esse tipo de experiência não ocorre apenas com alunos, tenho o mesmo problema com qualquer pessoa, talvez por isso tenha um grupo de amigos tão limitado. É engraçado como que as vezes, só de olhar para alguém, consigo sentir o que a pessoa sente, seja alegria ou tristeza. As vezes, passo ao lado de alguém e por um segundo, sinto meu coração apertar, uma angústia surge dentro de mim, olho para a pessoa, que continua andando e logo some do meu campo de visão. A parte ruim é que o objetivo da pessoa continua intacto, enquanto o meu, as vezes é prejudicado porque a sensação de peso perdura por muito tempo.
É difícil ser essa pessoa, simplesmente porque quase ninguém consegue entender o que sinto ou, o porquê de "fechar a cara" de repente. Para muitas pessoas, sou fresca, dramática, exagerada e por ai vai, mas ser uma sanguessuga involuntariamente não é trabalho fácil pra ninguém.

Li um texto que dizia que o mundo de hoje está muito difícil pra pessoas mais sensitivas, porque é a era das reclamações. Estamos cercados por inúmeros meios de comunicação que têm sido usados pra espalhar coisas ruins. Um bom exemplo é a brincadeira referente a não conhecermos mais a letra das pessoas. Algo com uma intenção super bacana logo caiu no esquecimento enquanto assuntos relacionados a roubos, política e etc. ficam se repetindo ininterruptamente.
Estava aqui reparando em quantos posts eu tenho escritos e não postados (mais de 10), eu e minha incansável mania de nunca terminar nada que começo. E claro, há grandes chances desse post também se unir aos outros.

A páscoa tem sido um fracasso pra minha "dieta", e como prova da existência de Murphy, todo mundo resolveu ficar super caridoso esse ano e me dar vários ovos de 1kg. Com tanto chocolate, auto controle acabou sendo uma palavra deletada do meu vocabulário, então se houvesse uma cota diária pra consumo de cacau, eu definitivamente ultrapassei o limite do SÉCULO. E não pensem que estou exagerando, porque não estou, a coisa está feia mesmo. Mas, estou torcendo pra que tudo isso volte logo ao normal, já pedi pro marido se livrar de todos os chocolates da casa, caso contrário, estarei beirando a casa dos 3 dígitos muito em breve. Vai de reto.

Semana passada foi bem complicada, acho que nunca passei por tanto estresse em um período tão curto de tempo, parecia efeito dominó, um problema após o outro, ininterruptamente. Haviam momentos em que eu me sentava, erguia os braços e falava "Qual é? Tá me gozando?", mas claro que a resposta não tardou e mais merda foi atirada ao ventilador mas, eu só mentalizava que após as tempestades, costumam haver as bonanças, então, estou no aguardo. A sorte é que houve um feriado prolongado, que passou como um relâmpago mas, ajudou a espairecer e a recarregar as baterias. Nesses últimos dias, conclui que está cada vez mais difícil seguir carreira em determinadas profissões. Lidar com o público por exemplo, está se tornando impossível devido as "metamorfoses" que as pessoas veem sofrendo no decorrer dos anos. Antigamente, as pessoas eram muito mais maleáveis, compreensivas e até mesmo inteligentes. Hoje, as pessoas (há exceções, óbvio) se tornaram manipuladoras, mesquinhas, egoístas e burras, muito burras. E isso dificulta a convivência, principalmente em situações em que o "cliente" está totalmente errado e não enxerga e vc, como "empresa" tem que engolir um monte de baboseiras, porque qualquer palavra mal colocada, poderá te render contratos e contratos. É um saco, pra não dizer outra coisa. O pior é quando chega a um ponto que uma meia dúzia te faz questionar a existência do amor pelo que vc faz.

Apesar do estresse e dos kgs extras, aproveitei o feriado da maneira que as finanças permitiram. Passeei por um dia na praia, fui ao teatro assistir "Toc Toc" (peça magnifica) e lamentei o fato de não termos tantos teatros no ABC, seria ótimo se esse tipo de entretenimento se expandisse mas, com o avanço da tecnologia e da preguiça do ser humano em usar o cérebro, acho pouco provável haver o aumento do apreço por teatros ou qualquer outra coisa que não exija o uso de um celular ou tablet. É uma pena.

E o aprendizado da última semana foi definitivamente sobre energias. É incrível como as coisas simplesmente param quando estamos negativos. Um pensamento ruim atrai outro e quando vc vê, está em um looping infinito, tudo começa a desandar e vc as vezes atribui a culpa a milhares de coisas/pessoas e não para pra pensar que o culpado as vezes é vc, que deixou que um problema te consumisse e trouxesse vários outros de uma só vez. Só pra exemplificar melhor, vi uma matéria em um site (não sei quão verdadeira é) sobre um rapaz que encheu 3 potes com arroz e os cobriu com água. Pra cada pote, ele adotava uma postura diferente, para o primeiro, ele desejava "bom dia", para o segundo, proferia um sonoro "Te odeio" e o terceiro, era simplesmente ignorado. Após um tempo, o arroz que ouvia "bom dia" diariamente, se fermentou e passou a exalar um aroma agradável. O que ouvia "Te odeio", ficou todo preto, e o pote ignorado, ficou tomado por bolor. Como disse, não sei nada sobre a veracidade da experiência mas, é no mínimo curiosa e interessante. E nós, provavelmente somos iguais.

Então, o exercício pra nova semana que se inícia é: trabalhe mais sua energia positiva, não há nada tão ruim que não possa piorar. :)


Essa semana, me choquei ao saber do falecimento de uma moça super jovem na empresa aonde dou aulas. Ela tinha apenas 34 anos e uma vida inteira pela frente. Nunca fomos próximas e trocávamos apenas "bom dia" ou sorrisos diariamente, mas é triste pensar que alguém teve sua vida interrompida precocemente. O mais triste foi trombar com o noivo na recepção, olhei para o seu rosto cansado e seus olhos vermelhos. Já é difícil aceitar a morte, deve ser ainda pior quando ela vem sem aviso prévio. Não soube muitos detalhes a respeito mas, comentaram que a morte foi por um AVC. E aí, claro que parei pra pensar na minha vida, na minha rotina, na minha alimentação e principalmente, no estresse que nos persegue as vezes inconscientemente.


Venho tentando mudar minha rotina a algum tempo, quem me conhece sabe que sou extremamente sedentária e que, devido a isso e a vida de "minha mãe não cozinha mais pra mim", ganhei vários kgs extras nos últimos 2 anos. Mas, como chocólotra assumida, tenho furado a dieta quase que todos os dias pra comer mais do que apenas aquele pedacinho permitido pelos médicos. Eu como um quadradinho, depois de 5 minutos, mais um e, por aí vai. Ser autônomo e trabalhar quase 11 horas por dia não me ajuda a ter muito tempo pra preparar várias refeições saudáveis, sempre acabo comendo coisas rápidas e que nem sempre fazem bem. Apesar que, atualmente estou tentando substituir as beliscadas por coisas integrais e que vão me ajudar a melhorar os níveis do colesterol, o único vilão que realmente não me deixa em paz é o Sr. Chocolate. Mas, apesar disso tudo, me matriculei em uma acadêmia, a princípio, comecei apenas com hidroginástica duas vezes por semana, estava com um leve problema no joelho e achei que seria melhor aumentar os exercícios gradualmente. Primeiro, vou tentar derrotar o sedentarismo com as 2 aulas e depois, começo a fazer algo que exija um pouco mais do meu corpo. Quem sabe assim eu chegue ao meu objetivo, não é? O importante é que estou tentando.

O que realmente me preocupa é o consumo excessivo do açúcar (chocolates), não apenas pelo ganho de peso contínuo mas, também pela saúde, não sei como isso pode refletir em mim futuramente caso eu não pare e, acho que já tenho problemas de saúde o bastante pra me preocupar, não preciso de mais alguns. Mas, aos poucos vou tentando encontrar meios de reverter a situação, é difícil mas, não é impossível!

E é isso, caso eu não poste mais é porque provavelmente morri na Páscoa de tanto comer.
Nesse último final de semana me peguei pensando "Porque diabos eu simplesmente não fui morar em um motel/hotel?". Pensem, se vc dividir uma parcela de R$1,800 de financiamento em 30 dias, vc terá aí um gasto diário de mais ou menos R$60, mas aí vc acrescenta uma coisa aqui, outra ali e claro, tem sempre aquela continha que vc se esqueceu que aparece no seu pior momento financeiro. Mas, se morássemos em um motel/hotel, além da diária, vc não teria que pagar conta de luz, água, condomínio, não precisaria se preocupar com o vazamento vindo do banheiro do vizinho ou com a infiltração de água pela rachadura da janela ou até mesmo com a mão de tinta péssima feita pelo antigo dono. A única coisa com a qual vc terá que se preocupar é com a comida, que poderá ser caviar diariamente se vc não tiver que pagar os 91859185915 reais nas demais contas rotineiras que todos temos.

Ok, brincadeiras a parte, porque sim, eu sei não há nada como ter sua casa, seu sofá, seu sossego e etc, mas meu, é muito chato ser adulto e se dar conta de que a nossa vida se resume basicamente em trabalhar e pagar contas, logo mais, seremos taxados até pra darmos um peido. É tudo muito caro nesse mundo. Hoje mesmo, fui ao mercadinho repor algumas coisas que precisava em casa e, BUM, 80 reais. Quase bati na pobre da caixa porque ela me pegou em um dia meio estranho, pra não dizer outra coisa. E o pior foi chegar em casa e ver que ao invés de pegar o papel higiênico genérico, acabei pegando o Neve feito de ouro, por acidente. Tá vendo? A vida adulta é chata, tem que se preocupar com a marca do papel higiênico, com o limite do cartão de crédito, e se não bastasse tudo isso, ainda tenho que me preocupar com dieta, colesterol, tireoide. CHEGA! Enche o saco.


O pior é ainda ver gente postando no facebook sobre as roupas que as pessoas usam na rua. "Ah, porque fulana usa bota no calor, porque ciclana usa calça amarela, porque beltrano tem dois pênis". Agora me digam, sério, PORQUE diabos eu vou me importar e ficar fazendo questão de postar again and again sobre a roupa que sabe-se lá Deus quem, veste? Claro que todo mundo repara no modelito brega dos outros, mas qual a necessidade em ficar relembrando isso toda hora? Dá uma vontade imensa de explodir todos os computadores do planeta, ou então, quem sabe eu não devesse enviar alguns dos meus boletos pra essas pessoas, talvez assim elas tenham algo mais com o que se preocuparem.

E ah, chega de escrever. Au revoir.






Como detesto gente de mal com a vida que acham que o mundo todo é culpado por suas frustrações.

Eu e meu marido nos mudamos pro nosso novo apê a pouco mais de 2 meses. Adoramos o nosso cantinho, principalmente o silêncio que nos rodeia (tínhamos medo de que morar em prédio fosse resultar em noites em claro por conta do barulho dos vizinhos e outros fatores externos), mas claro, como nada é perfeito, fomos obrigados a engolir um porteiro pra lá de folgado que de fato odeia o que faz e quer descontar em quem não tem culpa, ou seja: nos novatos.

Desde o início, algo já me dizia que o cara não era muito boa coisa, com aquele andar meio gingando, o olhar debochado e irritado, a primeira impressão foi bem aquilo de "meu santo não bateu com o dele"...not at all. Mas, até aí, ele lá e eu cá. Só que não. Já vinhamos notando uma certa implicância da parte dele desde o início, nada muito grave, só ameacinhas por estarmos fazendo algo errado, todos sabem que somos novos no pedaço e ainda estamos aprendendo as regras mas ele, sempre nos ameaçava, enfatizando inclusive o valor da multa que pagaríamos pela "infração" e hoje, aguardávamos as visitas das nossas famílias pra um almoço de domingo, e quando interfonei pra pedir a liberação da entrada do segundo carro de visitante, o infeliz, com um tom totalmente grosseiro, diz que só é permitido uma vaga de visitante por apartamento, o relembrei de já nos terem liberado a entrada de 2 carros antes e o rapaz, não contente e ainda mais rude, disse que não podia e me perguntou se não havia lido o contrato, claro que nessa hora eu já me imaginei do outro lado da linha enchendo a cara dele de tapas. O pior foi o carro da visita chegar, ficar esperando um tempão na entrada do prédio e o porteiro sequer aparecer pra avisá-los que não poderiam entrar. Após isso, claro que houve uma grande discussão, e a parte mais deliciosa foi quando envolvemos o síndico, que disse ao porteiro lindamente: "Não tem nada disso não, se há vaga disponível, pode parar até 30 carros por apartamento se quiser" - momento orgasmos triplos. A minha vontade era de gritar um "CHUPA" pro cidadão. E claro que o fiz...internamente.

Mas o que me deixa mais enraivecida é pensar que o cara faz tudo por pirraça, bem aquela coisa de "Não quero estar aqui, então sou uma criança birrenta e trato a todos vcs mal", como se o tivéssemos obrigado a ser porteiro. Eu sei que as vezes não gostamos do que fazemos, é claro que até eu tenho momentos em que gostaria de sumir da face da terra, mas eu também sei que ninguém, com exceção de mim mesma, tem culpa disso. Jamais trataria alguém mal por estar infeliz com as minhas escolhas ou com a vida que tenho. É muito comum vermos por aí pessoas assim, que nos atendem mal, até xingam as vezes, só porque não estão onde gostariam e acham que agindo assim, conseguirão algo. Espero que algum dia todas essas pessoas enxerguem que o primeiro passo pra uma vida melhor, está dentro delas mesmas. Acho mais fácil o mundo acabar antes de isso acontecer mas, sejamos positivos, afinal, o ano acabou de começar :)
Nem faz tanto tempo assim que estive aqui pela última vez mas, em menos de um ano, minha vida mudou quase que completamente. Mas dessa vez, pra muito melhor. Deveras.

É engraçado como no decorrer de nossas vidas, nos vemos diante de situações complicadas e as vezes decepcionantes e que, sempre nos fazem pensar "O que diabos estou fazendo nesse mundo?" e então, de uma maneira inesperada e pouco provável, tudo simplesmente vira do avesso, de uma maneira que vc nunca imaginou ser possível.

Em 2011, eu me recuperava de algumas experiências não tão agradáveis e, em meio a turbulências, crises existenciais e semi-cicatrizes, o conheci. Me lembro como se fosse ontem, de quando eu chamava meus amigos e mostrava algum trecho de uma conversa ou transcrevia algo que ele havia me dito e pedia opiniões, sempre crente de que minha interpretação estava errada. Ou da forma, até então inexplicável, como meu coração acelerava quando eu o via. E ainda me lembro, também como se fosse ontem, quando o Diego, um dos meus melhores amigos, me disse "Dude, pode dar bosta misturar as coisas, não acho que vc deveria", porque ele era - e ainda é - meu aluno. E ah, se eu tivesse ouvido meu amigo nesse dia, o que será que teria acontecido?

E hoje, quase 2 anos depois, nos casamos. E ha pouco menos de 1 mês, nos mudamos pro nosso apartamento e temos tentado nos adaptar a vida de casados desde então. É claro que há alguns desentendimentos, como qual cor usar na decoração ou quem lavará a panela com 3 kilos de gordura (not me) dentro da pia mas, com exceção das pequenas coisas, tudo está caminhando como deveria.

E eu, apesar de não ser nem um pouco religiosa, tenho que admitir de que não há sensação melhor do que ver toda a sua família reunida em sua casa no Natal, rindo, esquecendo magoas, criando novos momentos, novas histórias.

E hoje, mais do que ninguém, posso dizer que devemos sim acreditar nas pessoas, na felicidade, no sucesso, porque ele existe, basta termos paciência e o mais importante, sermos perseverantes e não desistir nunca. Eu me vi a beira de desistir um milhão de vezes, mas fico feliz em ver que me mantive forte na batalha, pois hoje, eu venci a guerra.


Feliz Natal pra todos!
Eu, ao longo de toda a minha vida, sempre fui muito curiosa em relação a religiões, Deus e todo esse mistério que rodeia o universo em que vivemos. E embora eu lesse um pouco de tudo, eu nunca fui de acreditar muito nas coisas, e devo admitir que enquanto as pessoas iam as missas aos domingos ou mantinham um altar em suas casas nos quais rezavam diariamente, eu me questionava sobre a veracidade de tudo aquilo. Sempre respeitei a opinião e opção de todos e as vezes, chegava até a sentir inveja ao ver os outros com a tal "fé que move montanhas" enquanto eu, não sentia nada.

Me lembro de um episódio, quando eu tinha cerca de uns 10 anos, fiz catecismo por decisão da minha mãe, que vem de uma família um tanto quanto religiosa. Em uma das aulas, a catequista colocou um quadro no centro da sala, lembro que ele era cheio de rabiscos e linhas abstratas. Após colocá-lo lá, ela virou pra todas as crianças, que o fitavam com um ar de interrogação, e perguntou o que elas enxergavam em meio a todo aquele rabisco. Seus olhos transcorreram cada aluno, que diziam "Eu vejo Jesus" ou "Eu vejo uma cruz", houveram alguns que disseram até ver Deus nos rabiscos, me lembro de franzir o cenho e sentir um aperto pelo simples fato de que, eu não via absolutamente nada. E claro que chegou a minha vez e, por vergonha de ver apenas rabiscos, acabei inventando que vi Jesus sorrindo, e embora eu tivesse passado confiança em minha resposta, por dentro eu me sentia frustrada, acreditando ter sido a única a não enxergar algo em meio aquela sala cheia de crianças. E com o passar dos anos, isso continuou, com outras intensidades. Eu via as pessoas com suas fés, se mobilizando em nome da fé, e isso sempre me surpreendeu, com a diferença que, eu não me sentia mais frustrada por não ver ou não crer no mesmo que elas. Não, não sou ateia, pra ser sincera, eu não sei o que sou, apenas sei que creio em uma força maior, que não tenha a ver com religiões, rótulos e por aí vai.

E além de passar uma boa parte da minha vida questionando a existência disso e daquilo, vez ou outra eu também me pegava pensando sobre destino. As vezes, no intuito de solidificar as minhas idéias, eu tentava discutir o assunto com outras pessoas, que sempre pensavam o oposto de mim. Eu ficava irritada ao ouvir alguém dizer "Imagine, isso é pura coincidência", porque algo dentro de mim, sempre dizia que coincidências não existem. Tenho que dizer que essa é uma das poucas "filosofias" que realmente sigo, eu realmente acredito em destino, a tal ponto que, quando minha mãe me diz "Filha, não fique dirigindo por aí a noite, tome cuidado com assaltos", eu automaticamente penso "Se eu tiver que ser assaltada, eu serei, independente de estar com o vidro aberto ou não", e penso da mesma forma em relação a várias outras coisas, inclusive a morte. Acho que quando chega a "nossa vez", como dizem, não importa aonde vc esteja ou o que esteja fazendo, vc vai morrer. Quantas vezes não vemos acidentes absurdos e totalmente improváveis que provam isso? Mas, o motivo de eu abordar esse assunto hoje, é simplesmente porque estava lendo uma notícia a respeito de um casal de jovens que supostamente deveria ter ido a boate Kiss na noite do incêndio e que, por motivos pessoais, optaram por não ir, e driblaram a morte...ou não. Porque no último final de semana, exatamente 1 semana após o incêndio, ambos morreram em um acidente de carro. Destino ou coincidência? Não sei, mas independente do que for, é intrigante pensar que dois jovens que escaparam da morte por uma razão que só eles de fato sabem, acabam morrendo 7 dias depois.

Ver esse tipo de coisa me fez pensar que talvez o filme "Premonição", em que foi dito que a morte tem um plano pra todos nós e que é impossível escapar, é verdade. Me fez pensar que a nossa morte tem dia e hora marcada, assim como cada passo e cada decisão que tomamos. Ou indo bem mais longe, quem sabe não passamos de ratos de laboratório e cada pensamento ou reação não passam de testes.