Minha adolescĂȘncia

By 9:00 AM

Hoje uma antiga amiga do colegial me adicionou no facebook, depois de uns 10 anos (ou até mais) sem contato. Ver a fotinho dela me fez lembrar das risadas, do meu primeiro porre aos 15 anos e também do meu primeiro ato de "rebeldia".


Eu tinha 15 anos, jå era revoltada por natureza, afinal, que adolescente não é? Houve uma semana em que meu pai resolveu me atazanar, não havia um dia que eu passasse sem ouvir um sermão. Era pelo quarto bagunçado, por ir dormir tarde, por usar o telefone ou qualquer outra coisa insignificante. Até que, em determinado momento, acabei explodindo e mandando ele pra aquele lugar, ele imediatamente exigiu respeito e eu, ainda consumida pelo ódio, disse que iria embora de casa, ele me disse pra ir com um olhar desafiador, e foi aí, que tudo começou.

No dia seguinte, acordei cedo como de costume e fui pra aula, sem ter esquecido uma Ășnica palavra da briga no dia anterior. Me sentei ao lado da Tatiana como fazia quase todos os dias e começamos a conversar. Contei a ela o que havia acontecido entre eu e meu pai e entĂŁo a perguntei se poderia ir a sua casa apĂłs a aula. Ela morava em uma chĂĄcara bem longe da escola e eu sabia que lĂĄ eu nunca seria encontrada. Ela concordou, apesar de ter ficado com medo de que meus pais a odiassem depois disso.
E então, ao meio dia, o sinal tocou e saímos as pressas, a escola em que eu estudava era ao lado da minha casa, por isso, se eu não voltasse em 5 minutos, alguém de certo viria atrås de mim. Corremos para o ponto de Înibus e entramos no primeiro que apareceu. O medo transcorria cada pedacinho do meu corpo, e havia aquela voz sã dentro de mim que dizia que eu deveria abortar a missão, mas a ignorei e continuei com o plano.

Depois de um longo percurso, finalmente chegamos à chåcara. Passamos o dia conversando e fazendo lição da escola, mas independente do meu esforço, eu não conseguia parar de pensar no quanto o que eu fazia era errado, pensava nos meus pais enlouquecidos em casa imaginando o que poderia ter acontecido comigo. E então, depois de muitas horas, decidi que eles jå deveriam ter sofrido por tempo suficiente e então, fui ao orelhão mais próximo e liguei pra casa. Minha mãe atendeu aos prantos e quando ouviu minha voz, desembestou a gritar feito uma louca. Expliquei o caminho para que pudessem chegar até lå e depois de cerca de uma hora, meu pai apareceu com o carro e me levou embora.

Depois disso, ambos ficaram por um mĂȘs - ou mais - sem falar comigo e o assunto se tornou proibido dentro de casa. E em dias que eu me atrasava pra voltar pra casa por algum problema na escola, mandavam minha irmĂŁ atrĂĄs pra ver se eu tinha fugido novamente.
Essa foi sĂł uma das milhares de coisas que aprontei na "aborrecĂȘncia". E vcs, aprontaram muito tambĂ©m?

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