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By 11:16 PM

Eu sempre fui fã de filmes cheios daquelas lições de moral, daquelas frases que fazem a gente refletir o dia inteiro e ir dormir com a decisão de que sua vida será diferente.

Recentemente, vi dois filmes que, apesar de não serem ganhadores de milhares de oscars, são lindos, tocantes e me fizeram chorar e pensar muito. Na verdade é incrível como nos últimos dois meses eu tenho me deparado com centenas de textos, vídeos, músicas e etc. que tem me feito parar pra avaliar a forma com a qual tenho levado a vida, é como se o universo estivesse usando a arte pra tentar me dizer algo.


Up - Altas Aventuras

Lembro que tentei assistir a esse filme pela primeira vez há mais de um ano atrás. Minha mãe, que é fanática por filmes "infantis", viu o trailer na internet e insistiu que eu o baixasse e visse com ela. Aceitei o desafio, crente de que seria algo super engraçado, do nível de "A Era do gelo" e então, quando sentamos para vê-lo, o filme já começou do avesso, com um roteiro pra lá de triste e me deixando com os olhos cheios de lágrimas. E eu acho que devo ter desejado tanto sair dali que o DVD acabou dando pau e fomos obrigadas a suspender a sessão depressão muito antes do final, pra minha felicidade.
Mas em um belo dia, enquanto revirava o HD externo do meu namorado, dei de cara com a pasta do filme, e então deu-se início a uma masturbação mental: "Ver ou não ver, eis a questão", fiquei olhando para o nome do filme por alguns minutos, pensando "Poxa Karina, vc já passou por tantas coisas na vida, não vai aguentar assistir a um filminho besta?" e com tal constatação, arrastei a pasta para o meu computador com a promessa de que o veria até o fim dessa vez. E eu consegui vê-lo, chorei só um pouquinho - mentira - e sobrevivi. O filme é uma gracinha e tenta mostrar como não devemos deixar que o amargo da vida nos consuma, mesmo naqueles momentos em que vc sente que perdeu tudo e que o mundo poderia acabar, se vc olhar para os lados, poderá ver que há um mundo imenso, com milhares de coisas e pessoas com as quais podemos nos importar. Filosófico, deveras.


O outro é o Pronta para amar - sim, eu sei, o título não é muito convidativo. Eu nunca tinha ouvido falar nesse, até entrar no blog da Sandra e ler um post que ela escreveu falando sobre ele, nós duas geralmente temos gostos bem (ênfase no bem) diferentes, mas por algum motivo inexplicável, tudo o que li naquele dia me instigou e resolvi que o assistiria. E eis que me deparei com um filme lindo, tudo bem que a história é meio clichê mas, caiu em minhas mãos na hora certa. No filme, a protagonista, que é uma mulher de bem com a vida, feliz e bem-sucedida, descobre que tem um câncer incurável e que tem pouco tempo de vida.
Os 106 minutos do longa mostram como uma pessoa, mesmo sabendo que poderia morrer da noite para o dia, resolve se entregar e viver tudo o que a vida pode proporcionar. Amores, tristezas, realizações, auto-conhecimento. É o tipo de filme que vc termina em prantos e, ao apertar stop, vc acaba se colocando no lugar da personagem e pensando no quanto de vida vc está desperdiçando sentado no sofá em uma dia lindo de sol, choramingando por ter engordado 2kgs por causa do Natal ou então porque seu pai resolveu surtar por vc ter deixado a janela do carro aberta no meio de uma tempestade.

E é engraçado, como quase sempre pré-julgamos algo que depois acaba nos abrindo os olhos, mesmo que por uma fração de segundo.

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